Karol Assunção
De acordo com Alice Lautert, estudante de arquitetura e urbanismo da UFSM e participante do projeto, o objetivo é desenvolver moradias baratas e ecológicas para moradores de rua e pessoas desabrigadas em situação de pós-catástrofe. "A ideia é utilizar tecnologias alternativas e produtos recicláveis, como papelão, bambu, embalagens tetra park [como as usadas em caixas de leite] e lona”, explicou. O projeto partiu de uma pesquisa sobre a manta térmica das embalagens longa vida. Os pesquisadores perceberam que o produto possui propriedades isolantes que tanto aliviam o frio quanto o calor. Para a estudante, a casa será de grande importância para as pessoas em situação de moradia de rua na região, as quais poderão se abrigar tanto em dias frio quanto nos períodos mais quentes. Na opinião da estudante, a grande vantagem da utilização desses materiais é que são recicláveis e de baixo custo. "A ideia é reutilizar os materiais para não agredir mais o ambiente”, destacou. Atualmente a Casa Ecológica está em fase de avaliação e aprimoramento. Segundo Alice, a intenção do grupo é prosseguir com as pesquisas e testar outros materiais. "A nossa expectativa é conseguir montar a casa inteira com placas [de papelão e embalagens longa vida] e conseguir agregar mais elementos para o reaproveitamento da água e da luz solar”, comentou. A Casa Ecológica faz parte do projeto Pro+E, desenvolvido por cerca de 10 pessoas, entre estudantes e professores de arquitetura e urbanismo e das engenharias civil e elétrica da Universidade Federal de Santa Maria. As matérias sobre Finanças Solidárias são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Bambu, embalagens de leite longa vida, papelão e lona. É com esses materiais que estudantes e professores da Universidade Federal de Santa Maria (USFM), no Rio Grande do Sul, trabalham para a construção de uma Casa Ecológica. O modelo foi exposto na 18ª Feira Estadual de Cooperativismo (Feicoop), realizada entre os dias 8 e 10 de julho em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.